sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Aumento do IPTU gera polêmica na Câmara


O clima na Câmara de Vereadores na noite de segunda-feira (14), não foi dos mais amenos. A Casa de Leis ferveu diante da discussão do Projeto de Lei sobre o aumento do IPTU em São Lourenço do Oeste. Com a plenária cheia e com muitos cidadãos protestando contra, o vereador Walmor Pederssetti (PMDB) pediu que a votação fosse adiada para que os vereadores possam ter mais tempo de avaliar os pedidos de aumento.
Os vereadores concordaram em adiar por duas sessões a votação, argumentando que o projeto deve passar por uma análise mais profunda, com o objetivo de reduzir os valores para a cobrança dos impostos e contribuições de melhoria elencados na matéria. “A bancada do PMDB irá estudar com cautela o projeto e certamente a Câmara chegará a um consenso”, disse Pederssetti.
No tema livre, as manifestações foram várias sobre o projeto que vem sendo alvo de muita polêmica no município. O presidente da Câmara, Daniel Hippler (PP), afirmou que a sua intenção era de realizar audiência pública para debater o Projeto, mas ficou impossibilitado, pois o promotor e o prefeito não garantiram presença.
Ele também esclareceu a população que depois de ser vaprovado o aumento do imposto, a próxima gestão não poderá baixar o valor, pois “seria considerado renúncia de receita”, afirmou Hippler.
Já, o líder do prefeito na Câmara, Edilso Ranzan (PSDB), destacou que os sete vereadores da situação quando estiveram reunidos, conseguiram, em acordo, reduzir as alíquotas e o valor venal. “Continuaremos a estudar maneiras para que o projeto seja o mais adequado aos valores de pagamento da população e arrecadação do município”, enfatizou.
O líder da bancada de oposição, Valmir Maboni (PT), afirmou que não vai aumentar somente o valor venal dos terrenos, mas as contribuições de melhoria também serão cobradas. “O valor do IPTU já aumentou mais de 11% neste ano e com os novos valores de venda o reajuste vai chegar a um valor absurdo. O povo já paga muito pelos benefícios que recebe da prefeitura”, protestou.
E ainda disse: “No projeto inicial enviado à Câmara, a alíquota para o imposto predial era de 0,8% e 1,6% para o territorial. O valor venal dos terrenos passou de R$ 28,80 o metro quadrado para R$ 330,00 para aqueles que estão na Zona nobre da cidade”.
Adilson Perazoli (PMDB) manifestou que os vereadores peemedebistas sempre serão contrários a aumentos abusivos de impostos para a população.
O projeto voltará a ser analisado pelas comissões e bancadas e no dia 23 de setembro voltará para votação.

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