sexta-feira, 18 de setembro de 2009

Polícia Civil desmonta quadrilha que atuava no Estado

Uma das maiores organizações criminosas que agiam em Santa Catarina começou a ser desarticulada, na manhã de segunda-feira (14), com a prisão de 21 suspeitos. As prisões foram efetuadas pela Polícia Civil, após investigações que duraram seis meses, em Balneário Camboriú, Camboriú, Itajaí, Blumenau, Gaspar, São Lourenço do Oeste, Chapecó e Lages, o que demonstra que a quadrilha atuava, com desenvoltura, em quase todo o território catarinense do Litoral ao à Serra Catarinense, do Vale do Itajaí ao Oeste.
No início da noite de segunda, os policiais participantes da chamada Operação Tijucas continuavam cumprindo mandados de prisão e de busca e apreensão em outras localidades, inclusive nas cidades de Clevelândia – PR e Irai – RS.
Uma das prisões foi efetuada pela Polícia Civil de São Lourenço do Oeste, por meio de uma ampla investigação realizada em conjunto com a Diretoria Estadual de Investigações Criminais (Deic), onde se obteve a prisão de Rafael de Ramos Viega, 30 anos, que residia em Clevelandia – PR e atuava junto com a quadrilha.
A quadrilha estaria ligada a roubos de cargas, sequestros, assaltos, e pelo menos a três roubos realizados em fazendas localizadas em Tijucas e Governador Celso Ramos, e, segundo os policiais, a extrema violência contra as vítimas era a marca registrada da sua atuação criminosa. Os depoimentos dos presos devem levar à desarticulação do restante deste verdadeiro sindicato do crime.
Provavelmente, a sequência das investigações revelará outras ramificações da organização, talvez em outras regiões do país também, Durante as diligências realizadas, a polícia apreendeu grandes quantidades de armas. Coordenada pela Deic, a Operação Tijucas comprovou, mais uma vez, a eficiência dos serviços de inteligência estruturados pela polícia catarinense.
Diante da crescente utilização de novas e sofisticadas tecnologias pelo crime organizado, as forças de segurança devem aparelhar-se para fazer-lhes frente à altura. Não basta recolher ao cárcere o pequeno traficante ou o assaltante de ocasião. Isto tem que ser feito sempre, sim. Mas trata-se do varejo. Para cada um desses meliantes retirados das ruas hoje, amanhã aparecerão dois. Há que operar no atacado, como agora se deu o exemplo, com o uso maciço da inteligência e a mobilização de todos os recursos modernos da ciência da investigação criminal. Estudo recentemente realizado pela Universidade Federal Fluminense, sugere que as estratégias operacionais das polícias devem ser voltadas preferencialmente para o crime, e não para criminoso individual, quase sempre um reflexo deste. Há que investir para tanto.

Nenhum comentário:

Postar um comentário